Grupo teria sonegado cerca de R$ 100 milhões em dois anos, segundo PF.
Na operação, 13 pessoas foram presas e uma continua foragida.
Segundo a polícia, estima-se que o grupo, responsável pela rede de varejo Casa e Vídeo, teria sonegado cerca de R$ 100 milhões em impostos só nos últimos dois anos.
O esquema
De acordo com a Receita, a Casa e Vídeo não tem habilitação para importar mercadorias, e, por isso, "contratava" outras empresas para importar produtos subvalorizados da China. No esquema, um mesmo grupo fazia encomendas diretamente no produtor, importava, revendia e tornava a enviar o dinheiro para fora do país.
“A diferença de pagamento era feita à margem do declarado. Essa falsidade do valor já prevê apreensão da mercadoria. Usava-se varias empresas importadoras pra não configurar importação e não pagar IPI”, explica a superintendente da Receita Eliana Pólo Pereira.
Segundo Eliana, essas importadoras eram do mesmo grupo e tinham como cliente único a Casa e Vídeo. Ela afirma ainda que o grupo possui uma dívida de R$ 40 milhões com a previdência social.
“A origem do dinheiro ainda está sendo investigada, mas pelo tipo de esquema, com dificuldade de identificação dos sócios e blindagem de patrimônio, é ilícito”, completou o superintendente da PF Waldinho Jacinto Caetano.
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