Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta segunda-feira (15) confirma a CNT-Sensus: a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu um recorde histórico, nunca antes alcançado pelos presidentes da República desde a redemocratização. 73% dos brasileiros classificaram o atual governo como ótimo ou bom, contra apenas 6% de respostas ruim ou péssimo.
A avaliação do governo Lula ficou um ponto percentual superior ao ex-presidente José Sarney durante o Plano Cruzado, em setembro de 1986, que detinha o recorde anterior..
Escalada entre os mais ricos e escolarizados
O saldo da avaliação do governo (avaliações bom e ótimo menos ruim e péssimo) chegou a 67 pontos positivos (73% - 6%), seis pontos acima do recorde anterior, da penúltima pesquisa CNI-Ibope, de setembro passado.
Os melhores resultados da avaliação do governo são registrados entre pessoas com faixa de renda de até um salário mínimo. Desses, 81% apontaram o governo como ótimo ou bom e apenas 3% como ruim ou péssimo. O saldo positivo passou de 75 para 78 pontos, reforçando uma marca de todas as avaliações de popularidade deste governo.
No entanto, mesmo na faixa de renda mais alta, acima de 10 salários mínimos, o governo Lula passou a gozar de uma popularidade confortável: 60% de bom e ótimo contra 26% de ruim e péssimo. Foi nessa faixa de renda, e na imediatamente inferior, entre cinco e dez mínimos, que o saldo positivo teve uma maior elevação em relação a setembro: 15 pontos.
O saldo positivo da avaliação ficou estável na faixa com escolaridade até quatro anos (69%), nos municípios com menos de 20 mil habitantes (69%) e na Região Nordeste (80%). E cresceu em todos os outros segmentos pesquisados.
O maior aumento, de 19 pontos, foi na faixa com escolaridade superior: o saldo passou de 39 para 58 pontos positivos (68% de bom e ótimo contra , 22% de ruim e péssimo), um crescimento de 19 pontos.
A nota atribuida pelos eleitores ao governo também subiu, de 7,4 para 5,8. Ambos os números são os mais positivos em seis anos de governo Lula. A nota mais baixa, na faixa que ganha acima de dez salários mínimos, chegou a 6,3.
Perguntas sobre a crise
Esta edição da pesquisa incluiu um conjunto de pacotes sobre a crise econômica internacional (imprecisamente chamada "crise financeira" nos questionários). Uma maioria de 75% sabe que a crise existe, enquanto 23% ouviu falar dela pela primeira vez durante a entrevista.
Dos entrevistados, 84% afirmam que a crise é“muito grave”ou “grave”, contra apenas 9% que a consideram “pouco”ou “nada grave”. No entanto, mais da metade da população, 56%, acha que o Brasil será pouco ou nada prejudicado.
Quanto ao medo da crise, 41% responderam ter pessoalmente "um pouco" de medo, 26% disseram não ter qualuer medo e 24% declararam ter "muito medo". Na faixa que ganha acima de dez mínimos esta última resposta subiu para 29%.
O número dos que acreditam que o país está mais preparado para esta crise do que para as anteriores sobe a 46%, 22% acham que o Brasil estádo mesmo jeito e 22% acham que o Brasil não está preparado ou está menos preparado.
A maioria afirma que ainda não sente os efeitos da crise (61%), enquanto 29% afirmam que jáos sentem em seu dia-a-dia; 46% dizem que não alteraram e nem pretendem alterar seus hábitos de consumo ou seu planejamento financeiro.
Uma maioria de 62% acha que o governo Lula está tomando as medidas corretas no enfrentamento da crise. Outros 15% responderam que não está. Ao qualificar a ação no combate à crise, 62% responderam que é ótima ou boa, 25% que é regular e 5% que é ruim ou péssima.
Crise, "surpreendentemente", ajuda Lula
De acordo com o diretor de relações intitucionais da CNI, Marco Antonio Guarita, a melhora no índice de avalição do presidente Lula se deve às primeiras medidas adotadas pelo governo para conter os efeitos da crise econômica mundial no país. Para 62% dos entrevistados, a atuação do governo neste assunto é ótima ou boa.
"Já havia uma tendência de crescimento da avaliação positiva tanto do governo quanto do presidente. Mas a crise nos parece ser um fator novo. E surpreendentemente aparece como um elemento que reforça a avaliação do governo. Boa parte da população registra conhecer a crise, confere a ela uma grande importância, mas entende que as medidas que o governo vêm adotando trazem resultados positivos", avaliou Guarita.
CNT-Sensus confirma
A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 entrevistados em 141 municípios, entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2008. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Mais cedo, a pesquisa CNT-Sensus, realizada de 8 a 12 de dezembro, e divulgada também nesta segunda-feira, apontou números igualmente favoráveis ao governo Lula.
A avaliação positiva do governo chegou a 71,1%, e a avaliação negativa a 6,4%. Em setembro de 2008, a avaliação positiva era de 68,8%, e a avaliação negativa, 6,8%.
A mesma pesquisa apontou que a aprovação do desempenho pessoal de Lula subiu a 80,3% em dezembro, ante 77,7% em setembro deste ano. A desaprovação chegou a 15,2%. Em setembro de 2008, a desaprovação era de 16,6%.
Da redação, com CNI-Ibope e agências
psy eh 10
ResponderExcluirANA I LOVE You