terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Assunto: Petrobras, Globo e o Brasil por Paulo Henrique Amorim

A Petrobrás afogou a Globo na Bacia de Campos

Já houve um tempo em que Roberto Marinho gostava muito da Petrobrás. . Não
podia sair nenhuma notícia na editorial de Economia dos telejornais da
Globo sobre a Petrobrás que não fosse autorizada por ele.
. As manchetes do jornal O Globo sobre a Petrobrás tinham uma consistência:
precediam ou sucediam bruscos movimentos de alta ou baixa das ações da
Petrobrás.
. Era uma coincidência… Ele ganhou muito com essas altas e baixas.

. O Dr Roberto sabia, sempre, antes, quem seria o Presidente da Petrobrás.
. Um dia, quando eu tinha uma coluna sobre Economia no Jornal da Globo,
anunciei um dia antes que o presidente da Petrobrás seria Helio Beltrão.
. No dia seguinte, o Dr Roberto me chamou à sala para explicar com
suavidade e firmeza – como era o seu estilo pessoal - que, ali, na Globo,
notícias como aquelas exigiam a autorização dele.
. Ponderei que, afinal, aquilo era um furo meu, e que eu me comprazia em
dar furos "na minha coluna no Jornal da Globo".
. Ele respondeu firme: "a coluna é do Globo, meu filho".
. Para ele, a televisão era precedida do artigo masculino.
. A relação íntima de Roberto Marinho com a Petrobrás se tornou "carnal",
como diria Carlos Menem, no Governo Sarney.
. Na verdade, Roberto Marinho co-presidiu o Brasil no Governo militar e
Sarney.
. Antonio Carlos Magalhães era o leva-e-traz dessa parceria.
. Agora, os filhos de Roberto Marinho (eles não chegam a ter nome próprio)
mantêm uma relação hostil com a Petrobrás.
. Veja, por exemplo, caro leitor, o que disse o Globo online, na noite
desta segunda-feira .
. No jornal impresso, na abertura da seção de Economia, nesta
segunda-feira, a chamada é "Abalo Global" (sic) e o título, "Um plano de
negócios arriscado – para analistas (???) incertezas na economia podem
elevar custo de investimentos da Petrobrás" .
. O que é uma afirmativa dramaticamente estúpida, já que incertezas na
economia podem elevar o custo de investimento da Globo, da Microsoft, da
Gazprom, da Basf, British Airways, da Vale, da Votorantim, da GM, do
Bahamas – e da minha tia do Grajaú…
. A Petrobrás anunciou no fim da semana passada, ao fim de uma reunião com
o Presidente Lula, que vai investir entre 2009 e 2013 a bagatela de US$ 174
bilhões de dólares.
. Isso é o PIB de uma meia dúzia de países.
. Só no ano de 2009 serão US$ 29 bilhões.
. Por que os filhos do Roberto Marinho são contra isso tudo?
. (Será que eles recusarão comerciais da Petrobrás no intervalo do jornal
nacional?)
. Por dois motivos.
. Um, por um motivo ideológico.
. Uma empresa estatal não pode dar certo.
. Não pode ter bala.
. Embora o Dr Roberto tenha sido "sócio" das oscilações da Petrobrás na
Bolsa, por muito tempo ele se filiou ao Pai de todos os Colonistas (*),
Roberto Campos, que passou a vida a falar mal do "Petrossauro".
. Devidamente estimulado pelas empresas estrangeiras de petróleo,
especialmente as americanas, Campos lutou, inutilmente, contra Petrobrás.
. E foi o colonista (*) do coração de Roberto Marinho, Octavio Frias e dos
Mesquita.
. Todos eles morreram afogados nas águas profundas da Bacia de Campos.
. Essa é a questão ideológica.
. A Petrobrás não pode dar certo.
. (É por isso que a notável urubóloga Miriam Leitão contrapõe sempre o
fracasso da Petrobrás ao sucesso retumbante da Vale)
. Mas, tem também a questão eleitoral.
. A Petrobrás é um dos instrumentos do Governo Lula para conter a crise
econômica.
. Quanto mais a Petrobrás investir, menores serão as possibilidades de a
economia brasileira ir à breca.
. O que interessa a Globo e aos filhos do Roberto Marinho?
. Que o Governo Lula fique sentado em cima das mãos, não faça nada e espere
a crise ficar do tamanho que a Globo pinta todos os dias.
. O sonho da Globo é o Governo Lula se afundar na crise e não fazer nada.
. E esperar o José Pedágio (Leia-se: José Serra) salvar o Brasil.
. Faz parte do marketing de José Pedágio pintar uma crise profunda para que
ele, São Jorge redivivo, possa salvar o Brasil. Leia aqui .
. Porque, se o PiG estiver errado e o Governo Lula evitar a crise, o
Presidente Lula fará o sucessor.
. É só isso.
. A Petrobrás tem que fracassar.
. O Brasil tem que fracassar.


Paulo Henrique Amorim Link:
http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=4823

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Governo trocará 10 milhões de geladeiras em 10 anos

O governo federal trocará 10 milhões de geladeiras em 10 anos . O objetivo é acabar com os refrigeradores feitos antes de 2001. Estes usam o CFC  gás com potencial para efeito estufa e que causa dano à camada de ozônio - para refrigeração.

Na quarta-feira (4), os ministros do Meio Ambiente, de Minas e Energia, do Desenvolvimento Social, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Fazenda apresentaram o projeto ao presidente Lula, que prevê doações e financiamentos de novos refrigeradores.

O governo destinará o Fundo de Eficiência Energética  0,5% da conta de luz destinado a programas e projetos na área de energia - para financiar essas geladeiras. Outras medidas são baratear os juros para compra de novas geladeiras e facilitar o crédito para aquisição de novos refrigeradores, com financiamento da Caixa e do Banco do Brasil. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a idéia é reduzir para 1% a taxa de juros para aquisição de novas geladeiras  contra os 6% de hoje. Ele também afirmou que dentro de um mês será feito o estudo sobre o custo para o programa.

O programa de troca de geladeiras traz ganhos ambiental, energético, social e emprego. É estipulado uma redução de R$ 100 por ano nas contas de energias, em economia de energia com o uso das novas geladeiras, além das oportunidades de emprego que abrirão com o estímulo à produção de novas geladeiras.

Os compradores de novas geladeiras receberão subsídios para a destinação correta das geladeiras velhas, ainda não definidos, evitando que esse produto seja revendido para terceiros. Para isso será trabalhado um processo de logística reversa. Na compra de uma nova geladeira, a usada voltará para a loja, será coletada, levada para um centro de tratamento de CFC, destinada para desmonte e finalizando no processo de reciclagem, sendo transformadas em sucatas em indústrias siderúrgicas.

Atualmente, cerca de 30 mil geladeiras são trocadas por ano.

O governo alemão, por meio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ), dará ao Brasil R$ 5 milhões em equipamentos para a reciclagem de refrigeradores obsoletos. O processo de licitação atraiu 33 empresas interessadas em instalar esses equipamentos. A empresa escolhida será beneficiada com o treinamento para a operação e gestão do equipamento de manufatura reversa.

A tecnologia de recolhimento do CFC contida na espuma de isolamento dos refrigeradores ainda é inexistente no Brasil. Segundo a coordenadora da Coordenação de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, Magna Luduvice, o maquinário permite a separação completa de todos os componentes de um refrigerador, como por exemplo o metal, o plástico, óleo, mercúrio e os CFCs, tanto do circuito de refrigeração quanto da espuma de isolamento.

A quantidade de CFC em uma geladeira equivale, para o aquecimento global, a cerca de três toneladas de CO2, o principal gás de efeito estufa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Por mais empregos, governo amplia o PAC e investimentos já ultrapassam R$ 1 trilhão

O governo anunciou nesta quarta-feira (4) um acréscimo de R$ 142,1 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até 2010.

No lançamento do programa, há dois anos, o governo previa investir R$ 503,9 bilhões no período. Com a posterior inclusão de novas ações, o montante passa a ser de R$ 646 bilhões.

Outros R$ 502 bilhões foram acrescentados para o período pós-2010, totalizando um investimento de R$ 1,148 trilhão.

Desse total, o setor de energia é que mais vai receber investimentos – R$ 759 bilhões. O eixo de logística ficará com R$ 132,2 bilhões e o social e urbano, com R$ 257 bilhões. A intenção do governo é reforçar a infra-estrutura para fortalecer a política de estímulo ao setor privado e a geração de empregos.

Obras em ritmo adequado

O número de ações de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumentou de 2.198, em setembro do ano passado, para 2.378, em dezembro. De acordo com o monitoramento do Comitê Gestor do PAC, 11% estão concluídas, 80% estão sendo executadas em ritmo adequado, 7% merecem atenção e 2% tem ritmo considerado preocupante.

Segundo o governo, nos dois anos de existência do PAC, 270 ações foram concluídas, o que significa um investimento de R$ 48,3 bilhões. Nos eixos de logística social e urbana foram 124 ações, entre elas 4,3 mil quilômetros de rodovias e 240 quilômetros de ferrovias.

Na área energética, 146 ações estão concluídas, entre elas a geração de 2,6 mil megawatts de energia e 4,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, além de 1,4 mil quilômetros de gasodutos

Agência Brasil

Aprovação de Lula chega a 84% e bate novo recorde histórico, mostra pesquisa

Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (3) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu uma nova aprovação recorde da população. Segundo o levantamento, 84% aprovam o desempenho pessoal do presidente. É a melhor avaliação já atingida por um ocupante da presidência desde o início da pesquisa, em 2001.

Na última pesquisa, em dezembro passado, a avaliação pessoal de Lula era de 80,3%. Quando Lula assumiu o governo, em janeiro de 2003, sua aprovação pessoal era de 83,6%.
A avaliação do governo Lula também bateu recorde. O levantamento revela que, para 72,5% dos entrevistados, a gestão do presidente é positiva, o que aponta para um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao levantamento anterior.

Na outra ponta, apenas 6,4% dos entrevistados consideram o governo negativo. Para 21,5% do público, é regular.
A série histórica da pesquisa destacou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca conseguiu manter a rejeição a seu governo abaixo do 23%.

Otimismo
A pesquisa mostra ainda que, apesar do intenso noticiário sobre os efeitos da crise internacional no país, a maioria dos brasileiros se mostra otimista quanto ao futuro. De acordo com as respostas de 2 mil entrevistados, 65,4% acham que o ano de 2009 será melhor que o de 2008. Somente 17,7% acreditam que o ano que vem será igual a 2008, enquanto 12,4% responderam acreditar que será pior.
Segundo a pesquisa, 57% dos brasileiros têm acompanhado a crise financeira mundial. Destes, 37,9% dos entrevistados dizem que o Brasil está preparado para lidar com o problema, e 40% pensam o contrário.
Quando a pergunta é se o país sairá fortalecido da crise em relação a outros países, 41,9% responderam que sim, enquanto 27,5% disseram que sairá enfraquecido e 20,1% consideram que o país continuará “igual”.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 12 de dezembro. Foram entrevistadas 2.000 pessoas em 136 municípios de 24 estados. A margem de erro é de três pontos percentuais.