segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Charge

Ibope confirma recorde de popularidade de Lula: 73% a 6%


Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta segunda-feira (15) confirma a CNT-Sensus: a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu um recorde histórico, nunca antes alcançado pelos presidentes da República desde a redemocratização. 73% dos brasileiros classificaram o atual governo como ótimo ou bom, contra apenas 6% de respostas ruim ou péssimo.

A avaliação do governo Lula ficou um ponto percentual superior ao ex-presidente José Sarney durante o Plano Cruzado, em setembro de 1986, que detinha o recorde anterior..


Escalada entre os mais ricos e escolarizados


O saldo da avaliação do governo (avaliações bom e ótimo menos ruim e péssimo) chegou a 67 pontos positivos (73% - 6%), seis pontos acima do recorde anterior, da penúltima pesquisa CNI-Ibope, de setembro passado.

Os melhores resultados da avaliação do governo são registrados entre pessoas com faixa de renda de até um salário mínimo. Desses, 81% apontaram o governo como ótimo ou bom e apenas 3% como ruim ou péssimo. O saldo positivo passou de 75 para 78 pontos, reforçando uma marca de todas as avaliações de popularidade deste governo.

No entanto, mesmo na faixa de renda mais alta, acima de 10 salários mínimos, o governo Lula passou a gozar de uma popularidade confortável: 60% de bom e ótimo contra 26% de ruim e péssimo. Foi nessa faixa de renda, e na imediatamente inferior, entre cinco e dez mínimos, que o saldo positivo teve uma maior elevação em relação a setembro: 15 pontos.

O saldo positivo da avaliação ficou estável na faixa com escolaridade até quatro anos (69%), nos municípios com menos de 20 mil habitantes (69%) e na Região Nordeste (80%). E cresceu em todos os outros segmentos pesquisados.

O maior aumento, de 19 pontos, foi na faixa com escolaridade superior: o saldo passou de 39 para 58 pontos positivos (68% de bom e ótimo contra , 22% de ruim e péssimo), um crescimento de 19 pontos.

A nota atribuida pelos eleitores ao governo também subiu, de 7,4 para 5,8. Ambos os números são os mais positivos em seis anos de governo Lula. A nota mais baixa, na faixa que ganha acima de dez salários mínimos, chegou a 6,3.

Perguntas sobre a crise


Esta edição da pesquisa incluiu um conjunto de pacotes sobre a crise econômica internacional (imprecisamente chamada "crise financeira" nos questionários). Uma maioria de 75% sabe que a crise existe, enquanto 23% ouviu falar dela pela primeira vez durante a entrevista.

Dos entrevistados, 84% afirmam que a crise é“muito grave”ou “grave”, contra apenas 9% que a consideram “pouco”ou “nada grave”. No entanto, mais da metade da população, 56%, acha que o Brasil será pouco ou nada prejudicado.

Quanto ao medo da crise, 41% responderam ter pessoalmente "um pouco" de medo, 26% disseram não ter qualuer medo e 24% declararam ter "muito medo". Na faixa que ganha acima de dez mínimos esta última resposta subiu para 29%.

O número dos que acreditam que o país está mais preparado para esta crise do que para as anteriores sobe a 46%, 22% acham que o Brasil estádo mesmo jeito e 22% acham que o Brasil não está preparado ou está menos preparado.

A maioria afirma que ainda não sente os efeitos da crise (61%), enquanto 29% afirmam que jáos sentem em seu dia-a-dia; 46% dizem que não alteraram e nem pretendem alterar seus hábitos de consumo ou seu planejamento financeiro.

Uma maioria de 62% acha que o governo Lula está tomando as medidas corretas no enfrentamento da crise. Outros 15% responderam que não está. Ao qualificar a ação no combate à crise, 62% responderam que é ótima ou boa, 25% que é regular e 5% que é ruim ou péssima.


Crise, "surpreendentemente", ajuda Lula


De acordo com o diretor de relações intitucionais da CNI, Marco Antonio Guarita, a melhora no índice de avalição do presidente Lula se deve às primeiras medidas adotadas pelo governo para conter os efeitos da crise econômica mundial no país. Para 62% dos entrevistados, a atuação do governo neste assunto é ótima ou boa.

"Já havia uma tendência de crescimento da avaliação positiva tanto do governo quanto do presidente. Mas a crise nos parece ser um fator novo. E surpreendentemente aparece como um elemento que reforça a avaliação do governo. Boa parte da população registra conhecer a crise, confere a ela uma grande importância, mas entende que as medidas que o governo vêm adotando trazem resultados positivos", avaliou Guarita.


CNT-Sensus confirma


A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 entrevistados em 141 municípios, entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2008. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Mais cedo, a pesquisa CNT-Sensus, realizada de 8 a 12 de dezembro, e divulgada também nesta segunda-feira, apontou números igualmente favoráveis ao governo Lula.

A avaliação positiva do governo chegou a 71,1%, e a avaliação negativa a 6,4%. Em setembro de 2008, a avaliação positiva era de 68,8%, e a avaliação negativa, 6,8%.
A mesma pesquisa apontou que a aprovação do desempenho pessoal de Lula subiu a 80,3% em dezembro, ante 77,7% em setembro deste ano. A desaprovação chegou a 15,2%. Em setembro de 2008, a desaprovação era de 16,6%.


Da redação, com CNI-Ibope e agências

Árabes apoiam nas ruas jornalista que atirou sapatos em Bush




Milhares de iraquianos foram nesta segunda-feira (15) às ruas do bairro Sadr, de Bagdá, para protestar contra a prisão do jornalista que no último domingo atirou seus sapatos contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em uma entrevista coletiva na capital iraquiana.


O jornalista Muntadhar al-Zaidi foi detido, acusado pelo governo iraquiano de ter cometido um ''ato bárbaro e humilhante'' durante a entrevista coletiva realizada domingo.

O presidente americano fez uma visita ''surpresa'' a Bagdá e, enquanto dizia aos jornalistas que embora a guerra no Iraque ainda não tenha terminado por ''estar decididamente a caminho de ser vencida'', al-Zeidi pegou seus sapatos e os atirou contra Bush, acusando o presidente americano de ''assassino''.

Bush, que estava concedendo uma entrevista junto com o premiê iraquiano Nuri al-Maliki, abaixou-se por trás do ganinete, enquanto os sapatos por pouco não atingiam sua cabeça.

''Milhões de iraquianos ou talvez milhões de pessoas no mundo inteiro gostariam de ter feito o que Muntadhar fez'', afirmou hoje Uday al-Zeidi, irmão de Mundathar.

''Graças a Deus ele teve a coragem de fazer isso, vingando o povo iraquiano e o país contra aquele que massacrou e matou seu povo''.

A emissora de televisão Al-Baghdadiya, a empregadora de Muntadhar, eigiu a libertação depois que Iassin Majid, assessor de imprensa do premiê, afirmou que al-Zeidi será julgado por crimes de ''insulto ao Estado''.

Um advogado iraquiano disse à agência de notícias AFP que al-Zeidi está arriscado a penas de no mínimo dois anos de prisaõ se for processado por insultos contra um chefe de estado em visita ao país.


Liberdade de expressão

Na segunda-feira, a al-Baghdadiya suspendeu sua programação normal e exibiu mensagens de apoio ao jornalista gravadas em todo o mundo árabe.

Um apresentador leu uma declaração pedindo pela liberação do jornalista, ''de acordo com a era democrática e o direito de liberdade de expressão que foi prometido aos iraquianos pelas autoridades americanas''.

Também aconteceram demonstrações nas ruas de Basra e Najaf, onde algumas pessoas atiraram sapatos contra um comboio americano.

Khalil al-Dulaimi, o ex-advogado do ex-presidente assassinado Saddam Hussein, disse que estava formando um grupo para defender al-Zaidi e que 200 advogados, inclusive americanos, já teriam se oferecido para ajudá-lo na defesa.

''Isso foi a última coisa que um iraquiano poderia fazer a Bush, um tirano criminoso que matou dois milhões de habitantes do Iraque e do Afeganistão'', acusou.

''Nossa defesa de al-Zaidi será baseada no fato de que os Estados Unidos estão ocupando o Iraque, e a resistência é legítima por todos os meios, inclusive os sapatos''.

Na cultura iraquiana, atirar sapatos em alguém é um sinal de desdém, desrespeito e o incidente serviu como última lembrança da enorme oposição à invasão do Iraque liderada pelas forças americanas — conflito que caracterizou os oito anos da administração Bush.

''Atirar os sapatos em Bush foi o melhor beijo de despedida que vi... isso expressa como os iraquianos e outros árabes odeiam Bush'', escreveu Musa Barhoumeh, editor do jornal independente jordaniano Al-Gahd.

Mas o apoio não é inteiramente universal e alguns iraquianos acreditam que al-Zeidi passou dos limites.

''Considero isso desnecessário. Essa coisa é injustificável. É um estilo errado. Nós não somos violentos. Podemos expressar nossas opiniões de outros modos'', afirmou um morador de Bagdá.

A visita de Bush à capital do Iraque acontece há apenas 37 dias do término de seu mandato, quando entregará a Casa Branca ao presidente eleito Barack Obama, que prometeu retirar as tropas de ocupação do Iraque.


Com informações da Al Jazira: http://english.aljazeera.net

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PIB do 3º trimestre surpreende e cresce 6,8%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 6,8% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre, a expansão foi de 1,8%. No intervalo de 12 meses entre outubro de 2007 e setembro deste ano, o PIB cresceu 6,3%. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (9).



O desempenho da economia brasileira surpreendeu muitos analistas. A expectativa era de uma alta em torno de 6% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado e pouco mais de 1% em relação ao período de julho a setembro deste ano.

Entre os setores da economia, o destaque foi a indústria, que verificou um crescimento de 7,1% sobre o terceiro trimestre do ano passado. A atividade agropecuária expandiu-se 6,4%, e os serviços, 5,9%.

A construção civil continuou sendo o destaque do setor industrial, com crescimento de 11,7%. A produção de petróleo e gás aumentou 6,2%; a de minério de ferro, 10,6%.

Na área agrícola, destacam-se o trigo, o café e a cana-de-açúcar, produtos que têm safra relevante no terceiro trimestre. Entre os serviços, os destaques foram informações (expansão de 10%), comércio (9,8%) e intermediação financeira e seguros (8,8%), sempre na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.


Investimento cresce 19,7%

Os dados do IBGE mostram que os investimentos das empresas (a chamada "formação bruta de capital fixo") aumentaram 19,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2007.

O motivo, segundo o IBGE, foi o aumento da produção interna e da importação de máquinas e equipamentos.

O consumo das famílias aumentou 7,3%, no 20º crescimento consecutivo quando se compara um trimestre com o seu equivalente no ano anterior. Essa evolução é explicada pelo crescimento de 10,6% da massa salarial (total de salários pagos no país), na avaliação do IBGE.

As despesas da administração pública aumentaram 6,4% em relação ao terceiro trimestre de 2007. No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 2%, bem menos que as importações (22,8%). Desde o primeiro trimestre de 2006, segundo o IBGE, a taxa de crescimento das importações supera a das exportações.


Crise

A crise financeira internacional ganhou força a partir da metade de setembro, com o colapso do banco de investimento Lehman Brothers. A partir daí, os sinais de recessão global começaram a aparecer – o que leva analistas a prever uma contração do PIB também no Brasil no quarto trimestre.

Na avaliação do Professor da FEA-USP, Luiz Jurandir Simões Araújo, os números divulgados nesta terça-feira, assim como os do próximo trimestre, ainda trarão um saldo positivo do período anterior ao agravamento da crise financeira global. Araújo não descarta uma desaceleração entre o quarto e o terceiro trimestre de 2008, mas, para ele, o verdadeiro teste para a economia brasileira será conhecido a partir de março de 2009. “O impacto da redução dos postos de trabalho fechados na Vale, a redução de projetos imobiliários e a retração do crédito no financiamento de automóveis só deve ser conhecido depois de março de 2009”, avalia Araújo.


Revisões

Também nesta terça-feira, o IBGE revisou, para cima, o resultado do crescimento do PIB do País em 2007. Segundo os dados do órgão, a expansão no ano passado foi de 5,7%, acima dos 5,4% anunciados anteriormente.

O IBGE revisou também o desempenho econômico do Brasil no primeiro trimestre deste ano. O PIB, segundo os novos dados, cresceu 1,7% entre janeiro e março de 2008 na comparação com o último trimestre de 2007, bem acima do 0,8% informado inicialmente.


vermelho.org

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Conversações com Hugo Chávez e Raúl Castro


Em uma visita realizada a Venezuela e Cuba, em outubro deste ano, o ator e cineasta Sean Penn conversou demoradamente com Hugo Chávez e Raúl Castro. Ao final da entrevista com Castro, ele reflete: "a maior parte das questões básicas sobre soberania nos permitem entender o antagonismo norte-americano contra Cuba e Venezuela, assim como contra as políticas desses países. Eles sempre tiveram só duas escolhas: serem imperfeitamente nossos ou imperfeitamente deles mesmos".


Hugo Chavez


“Qual a diferença entre você e Fidel?” Chávez diz, “Fidel é um comunista. Eu não sou. Eu sou um social-democrata. Fidel é um marxista-leninista. Eu não sou. Fidel é um ateísta. Eu, não.

“Se Barack Obama for eleito presidente dos Estados Unidos, o senhor aceitaria um convite para voar até Washington encontrá-lo?”. Chávez respondeu imediatamente: “Sim”.






Raúl Castro


"Bloqueio é um ato de guerra, então os americanos preferem embargo, uma palavra usada em procedimentos legais".

“Havendo um encontro entre você e o nosso próximo presidente, qual seria a prioridade de Cuba?" Sem pestanejar, Castro responde: “Normalizar o comércio.”

“Nós somos tão pacientes como os chineses. Setenta por cento de nossa população nasceu sob o bloqueio.



http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15408

Muito barulho por nada

por Márcia Pinheiro

O senador Tasso Jereissati (PSDB) armou uma verdadeira tempestade em copo d´água pelo fato de a Petrobras ter tomado 2 bilhões de reais na Caixa e 751 milhões de reais no Banco do Brasil.

A queda do preço do petróleo e a necessidade de honrar impostos e compromissos forçaram a estatal a lançar mão desses recursos.

No mais, não é segredo de ninguém que o mercado externo de crédito está paralisado. Não há como obter recursos lá fora.

Na falta de propostas concretas para descongelar o sistema de crédito brasileiro, a oposição grita, sem ter razão.


CartaCapital

Líder do PR na Câmara pede que deputados doem dinheiro para SC

Luciano Castro (RR) quer doar um dia de salário, o equivalente a R$ 400.
Salário bruto de um deputado chega a R$ 16.500.


O líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), pediu em plenário que os colegas doem o equivalente a um dia de salário dos parlamentares -segundo ele, cerca de R$ 400,00- para as vítimas das enchentes em Santa Catarina.

De acordo com o deputado, se todos os 513 deputados aderirem, seria possível destinar R$ 210 mil às vítimas. O sálario bruto de um deputado federal chega a R$ 16.500.

Castro defendeu que a doação seja espontânea e se comprometeu a encaminhar aos colegas uma carta com a sugestão. A doação seria feita a uma conta do Banco do Brasil que recebe donativos.

“Todos estamos consternados com a situação de Santa Catarina. (...) Seria uma doação espontânea de cada um para uma conta do Banco do Brasil. R$ 400,00 é pouco, mas, no contexto de 513 parlamentares, seriam quase R$ 210 mil, o que, sem dúvida alguma, ajudaria muito as sofridas famílias de Santa Catarina”, disse o líder do PR.


portal G1