terça-feira, 25 de novembro de 2008

Duas operações Federais marcaram o dia no Rio de Janeiro

Casa & Vídeo

Grupo teria sonegado cerca de R$ 100 milhões em dois anos, segundo PF.
Na operação, 13 pessoas foram presas e uma continua foragida.

Segundo a polícia, estima-se que o grupo, responsável pela rede de varejo Casa e Vídeo, teria sonegado cerca de R$ 100 milhões em impostos só nos últimos dois anos.

O esquema

De acordo com a Receita, a Casa e Vídeo não tem habilitação para importar mercadorias, e, por isso, "contratava" outras empresas para importar produtos subvalorizados da China. No esquema, um mesmo grupo fazia encomendas diretamente no produtor, importava, revendia e tornava a enviar o dinheiro para fora do país.

“A diferença de pagamento era feita à margem do declarado. Essa falsidade do valor já prevê apreensão da mercadoria. Usava-se varias empresas importadoras pra não configurar importação e não pagar IPI”, explica a superintendente da Receita Eliana Pólo Pereira.

Segundo Eliana, essas importadoras eram do mesmo grupo e tinham como cliente único a Casa e Vídeo. Ela afirma ainda que o grupo possui uma dívida de R$ 40 milhões com a previdência social.

“A origem do dinheiro ainda está sendo investigada, mas pelo tipo de esquema, com dificuldade de identificação dos sócios e blindagem de patrimônio, é ilícito”, completou o superintendente da PF Waldinho Jacinto Caetano.


Academias

O dia também foi marcado por outra operação. A Polícia Federal passou por diversas academias para reprimir o uso de medicamentos e anabolizantes, várias drogas foram apreendidas e pessoas foram presas. Entre os crimes está o de tráfico de drogas e crime contra a saúde pública.

Paes anuncia seis novos nomes para a Prefeitura do Rio

Vereador Luiz Antônio Guaraná assumirá a Secretaria de Obras.
Anúncios incluem nomes para Comlurb, RioLuz, Riourbe e GeoRio.



O prefeito eleito, Eduardo Paes, anunciou nesta terça-feira (25) os nomes de seis novos integrantes de seu gabinete, na Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O vereador Luiz Antônio Guaraná assumirá a Secretaria de Obras. O engenheiro Carlos Pereira Dias, servidor da prefeitura, será o subsecretário do gabinete de Guaraná.

Ângela Avellar, também servidora da prefeitura, assume a presidência da RioLuz, e José Cândido, o presidente da Riourbe. Márcio Machado, servidor da GeoRio, assume a presidência da fundação. Paes também anunciou para a presidência da Comlurb a servidora Ângela Nóbrega Fonti.



Cristiane Brasil assume Secretaria de Envelhecimento e Qualidade de Vida.
Vereadora, ela promete dez equipes de atendimento ao idoso já em 2009.

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), anunciou nesta terça-feira (25) o nome da vereadora reeleita Cristiane Brasil (PTB) para a Secretaria Municipal de Envelhecimento saudável e Qualidade de Vida, uma pasta voltada para as questões da terceira idade. Ela é filha do ex-deputado federal e presidente do PTB Roberto Jefferson.

Segundo a assessoria do peemedebista, o Rio de Janeiro é uma das cidades brasileiras com a maior concentração de idosos, com cerca de 14% da população. Um dos projetos que o futuro prefeito considera fundamentais é o atendimento domiciliar a idosos, que será feito em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

A futura secretária informou que o grande desafio da secretaria em relação aos idosos é fazer valer a legislação, que é uma das mais avançadas. Sobre as equipes de atendimento ao idoso, Cristiane Brasil anunciou que pelo menos dez equipes de atendimento ao idoso serão montadas já no primeiro ano de administração.

“Elas terão caráter multidisciplinar e contarão com seis profissionais, incluindo psicólogos porque a depressão é uma doença que atinge muitos idosos”, disse.

Para Eduardo Paes, Cristiane Brasil reúne condições de ocupar o cargo por ter sido uma das responsáveis pelas propostas para o setor apresentadas em sua campanha eleitoral.



portal G1

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Poder do consumidor pode frear mudanças climáticas e garantir sustentabilidade


Pesquisas desenvolvidas no Brasil e na Inglaterra indicam que o consumidor tem papel fundamental na sustentabilidade e seu comportamento tende a influenciar as políticas públicas locais


A idéia de que apenas as grandes empresas são responsáveis pelo aquecimento global ainda persiste no mundo inteiro, mas, em paralelo, cresce a consciência de que o poder do consumidor consciente é decisivo para garantir a sustentabilidade.

Na Inglaterra, uma pesquisa encomendada pela Confederação das Indústrias Britânicas (CBI, sigla em inglês) à empresa de consultoria McKinsey, revelou que 60% das emissões são controladas ou influenciadas pelos consumidores. O novo dado obrigou as entidades locais a repensar e reformular as políticas traçadas para atingir a meta do governo britânico de 60% de redução, em relação aos níveis de 1990, das emissões de gases de efeito estufa até 2050.

“O dado mudou substancialmente a perspectiva de ações que o país vinha seguindo. O foco principal agora é o consumidor. É sobre ele que o setor privado e o governo precisam trabalhar para garantir a sustentabilidade”, afirmou Martin Broughton, presidente da CBI, que no dia 2 de setembro, presidiu o lançamento no Brasil do relatório “Mudanças climáticas: um assunto de todos”.

Broughton afirmou que, na Inglaterra, cresce o número de indústrias sustentáveis, além de outras que demonstram interesse em se tornar ambientalmente corretas. Ainda assim, insistiu que ainda é grande o número das que ainda estão longe dessa realidade. “Percebemos que pela demanda, ou seja, se o consumidor escolher empresas ambientalmente responsáveis para comprar, a humanidade estará garantindo uma economia de carbono limpo”, garantiu.

A CBI reúne algumas das maiores empresas britânicas, entre elas, a BP, a Shell e a British Airways. Juntas elas emitem cerca de 370 milhões de toneladas de CO2 por ano e empregam quase 2 milhões de pessoas ao redor do mundo, gerando uma receita anual equivalente a três trilhões de reais. “Os números da CBI já são consideráveis para pensarmos em resultados expressivos, mas queremos ir mais longe, conscientizando mais pessoas”, afirmou Broughton.

Segundo o relatório, 35% das emissões são controladas diretamente pelo consumidor, seja no aquecimento das casas, no uso de automóveis particulares e outros meios de transporte e no consumo de energia elétrica em domicílios. O varejo, alimentação e bebidas, atacado e a agricultura representam 25% das emissões. Os restantes 40% dos gases são emitidos na fabricação de bens, mineração de carvão e transporte de carga.

Brasil

O relatório britânico não revela números da conscientização dos consumidores ingleses, mas no Brasil, um número considerável de pessoas tem em um nível elevado de consciência dos impactos na hora de fazer suas escolhas de consumo. A pesquisa “Como e por que os brasileiros praticam o consumo consciente?”, divulgada pelo Akatu em março de 2007, revela que um em cada três brasileiros percebe os impactos coletivos ou de longo prazo nas decisões de consumo. Segundo o estudo, cresceu em 7 pontos percentuais – de 36% em 2005 para 43% em 2006 – a proporção de consumidores que usam seu poder de compra e de comunicação para premiar empresas que tenham práticas adequadas de responsabilidade social e ambiental.

Para José Augusto Coelho Fernandes, diretor executivo da Confederação Nacional das Indústrias, apesar de realidades diferentes (no Brasil, 45% da energia é renovável e na União Européia, apenas 20%) através do relatório “é possível verificar a existência de pontos de ação em comum, como a internalização de medidas de sustentabilidade no DNA do ciclo produtivo das empresas e a educação da comunidade”.

Políticas Públicas no Brasil

É com base no reconhecimento do papel determinante do consumidor na preservação do planeta que uma parceria entre organizações brasileiras que trabalham em defesa da sustentabilidade realizou até 20 de setembro, uma consulta à sociedade civil com o objetivo de angariar contribuições para a formulação de uma Política Nacional de Mudanças Climáticas a ser apresentada ao Congresso Nacional em novembro próximo. Segundo o ambientalista Fábio Feldmann, membro do Conselho Consultivo do Instituto Akatu e um dos integrantes da parceria, “não se trata de um projeto de lei, já que existe um processo em curso no Congresso Nacional, mas da construção de um documento que possa contribuir para este processo, com inovações e sugestões provenientes da sociedade civil organizada”.

Para Feldmann, um dos grandes diferenciais da iniciativa é a sua forte aposta em medidas de adaptação, ou seja, o projeto pretende exigir do governo respostas concretas e permanentes, em forma de lei, para os brasileiros que já estão sofrendo efeitos diretos das mudanças climáticas. “Precisamos criar um mecanismo legal para cobrar do governo a eficiência nas áreas de defesa civil, por exemplo, ou a assistência de reparação de prejuízos econômicos e sociais decorrentes das mudanças climáticas”, afirmou.

Idéias e sugestões podem ser enviadas por meio do Observatório do Clima (www.oc.org.br).



www.akatu.com.br

Repensando o uso do automóvel


Diversas cenas marcam o vai-e-vem nos grandes centros urbanos do país. Mas os automóveis dominam as ruas nos grandes centros urbanos


Por Naná Prado, para o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente

Cena 1: nada mais comum do que observar uma fila interminável de carros parados no trânsito soltando muita fumaça. Dentro, pessoas impacientes, também soltando muita fumaça.

Cena 2: ônibus, metrôs e trens lotados. Pessoas desesperadas para entrarem nas conduções, sentarem e, quem sabe, tirarem um cochilo no longo caminho até seus destinos.

Cena 3: depois de tentar todos os meios de transporte possíveis, Carla Maricondi, arquiteta, 27 anos, decide levar um tênis para o trabalho e voltar a pé.

Cena 4: ciclistas pedalam entre os carros, fazendo inveja aos motoristas confinados.

Diversas cenas marcam o vai-e-vem nos grandes centros urbanos do país. Mas são os motores que dominam as ruas, que não foram planejadas para o uso da bicicleta como meio de transporte. Muitas cidades nem mesmo têm calçadas adequadas para aqueles cidadãos que desejam caminhar na volta para casa.

Com o início da indústria automobilística no Brasil, no final da década de 50, ter um carro passou a ser o sonho de muitos brasileiros. Os governos concentraram grandes esforços na infra-estrutura rodoviária. Apesar de o transporte coletivo ter ganhando espaço, o carro ainda domina de longe as ruas dos grandes centros metropolitanos. São gastos recursos públicos de enorme monta na construção de túneis, viadutos, recapeamento e outras obras com foco no automóvel, um veículo que oferece uma má relação entre o espaço ocupado nas ruas e o número de pessoas transportadas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de São Paulo atingiu em 2007, algo em torno de 11 milhões de pessoas. A frota de automóveis já ultrapassou 4 milhões, ou seja, pode-se dizer que a cada 3 pessoas, uma tem um carro. Enquanto isso, não há muito mais que 65 mil ônibus e micro-ônibus. Motos e motonetas somam quase 600 mil.

Dos números para a realidade

Uma pessoa que utiliza transporte coletivo consome 12 vezes menos combustível do que se utilizasse o carro e causa a emissão de 5 vezes menos gás carbônico. Após 1 ano, o indivíduo que utiliza o carro particular, terá causado a liberação da mesma quantidade de carbono que 10 árvores assimilam, em seu processo de crescimento, ao longo de 20 anos aproximadamente. Utilizando o transporte coletivo, a quantidade de carbono emitida por pessoa equivale a 1 árvore.

Se uma pessoa deixar de usar seu automóvel particular 1 vez por semana, durante 1 ano, mais de 200kg de gás carbônico deixarão de ser lançados na atmosfera. Além disso, essa mesma pessoa economizaria, ao longo desse ano, mais de 132 litros de combustível, o que equivale hoje a aproximadamente R$ 330,00.

Segundo o biólogo Cláudio Luis de oliveira, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), “a cada atitude individual, os impactos positivos do consumo consciente já se mostram surpreendentes. O trabalho coletivo se mostra como um poderoso instrumento de transformação da engrenagem da vida”.

Se os consumidores se tornarem conscientes do poder que têm sobre a escolha de produtos e serviços oferecidos, o custo do transporte poderia deixar de representar 22% da renda familiar do trabalhador paulistano e, se houver uma pressão sobre as municipalidades que regulam o transporte coletivo, poderia haver uma melhor na facilidade de acesso e na qualidade do serviço.


Mudança de hábitos

Aquele consumidor que prefere utilizar bicicleta, caminhar a pé ou até usar o transporte coletivo, ao invés do carro particular, “colabora também com a melhor circulação das pessoas pela cidade. Pois, uma pessoa, em um carro, ocupa em média, um espaço sete vezes maior do que ocuparia em um ônibus”, comenta Cláudio de Oliveira.

Além disso, de que adianta possuir um carro novo, com motor potente se a velocidade alcançada, ao menos nos centros urbanos, é muitas vezes menor que a de uma bicicleta? Nesse sentido, é inútil o avanço da alta tecnologia avança no desenvolvimento de motores cada vez melhores e na formulação de combustíveis cada vez menos poluentes. É preciso mudanças em outra direção para resolver o trânsito das grandes cidades.


Mudanças na lógica do deslocamento

Estudiosos, empresários e consumidores propõem as mais variadas alternativas para o trânsito das grandes capitais, entre elas a implementação de medidas para a redução da frota de carros, como o pedágio urbano e a restrição a estacionamentos, a melhoria no transporte público, o incentivo ao uso de bicicletas e políticas voltadas para criação de corredores de ônibus.

Silvia Olivella, 43 anos, é professora de Yoga e afirma que já teve carro mas não se atreve a sair dirigindo porque hoje o trânsito de São Paulo é muito agressivo.”Eu tenho medo de dirigir. Utilizo metrô e ônibus, mas gostaria que as linhas se cruzassem, assim não haveria tanta aglomeração de pessoas. “O que mais me irrita no metrô é a lotação, e no ônibus é a lentidão pelo trânsito”.

Boas idéias não faltam. Maria Cristina Nascimento mora em São Paulo e sugere mudanças na lógica do deslocamento, levando a atividade produtiva para os bairros dormitórios. Segundo ela, “muita coisa mudaria se os bairros onde as pessoas moram tivessem mais emprego e se, além disso, as empresas flexibilizassem os horários dos funcionários”. É preciso oferecer emprego, comércio e serviços públicos nos bairros.

Em época de eleições é comum ver empreiteiros propondo obras, como viadutos, túneis, entre outras. Recentemente, os empreiteiros de São Paulo propuseram aos candidatos à Prefeitura um plano de obras viárias estimado em mais de R$ 15 bilhões. “Tudo para ter mais espaço para os carros. Esse tipo de proposta só reforça a cultura do automóvel e no final o que se tem não é o efeito esperado”, afirma Maria Cristina. A lógica, segundo ela, deve ser a de olhar para a demanda e fazer com que haja menos necessidade de locomoção.

A ONG Rua Viva têm propostas semelhantes. Há duas décadas propunha um novo paradigma para a apropriação do espaço e do tempo na circulação de pessoas nas cidades, ou seja, em vez de mais transporte, menos distâncias e menor necessidade de deslocamento. Esses conceitos são fundamentais hoje para que a engenharia de tráfego possa ter eficácia. A lógica do transporte deve ir muita além de pensar a locomoção, deve servir de fio condutor para um novo padrão de comportamento.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

EUA: Rumo ao Estado Fascista

http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1112

A liberdade de uma democracia não é segura se o povo tolera o crescimento de poder privado ao ponto de tornar-se mais forte que o próprio Estado democrático. Isto, em essência, é fascismo – o apossamento do governo por uma pessoa, por um grupo, ou qualquer poder privado de controle.
(Franklin Delano Roosevelt)

“Santo Agostinho conta a história de um pirata capturado por Alexandre, o Grande, que lhe perguntou: ‘Como você ousa molestar o mar?’. ‘E como você ousa desafiar o mundo inteiro?’, replicou o pirata. ‘Pois, por fazer isso apenas com um pequeno navio, sou chamado de ladrão; mas você, que o faz com uma marinha enorme, é chamado de imperador’.”

Brasil continuará "gigante exportador"

A União Européia avalia que o Brasil consolidará seu status como "exportador gigante" de produtos agrícolas até 2017, visto seu domínio nas vendas de oleaginosas, açúcar, etanol, carnes bovina e de frango. Já a UE deve perder espaço nas vendas de grãos, açúcar, lácteos e carnes. A exceção será para o trigo, cujas exportações deverão aumentar. Os Estados Unidos continuarão líder no comércio de trigo e de milho, principalmente.

A nova projeção européia para o comércio agrícola global prevê que o Brasil vai passar os Estados Unidos como maior produtor mundial de óleo de soja em 2016/17. O Brasil e a China (como importador) representarão mais da metade desse comércio em 2010. Argentina e EUA continuarão na liderança das exportações.

A demanda por açúcar deve crescer mais rápido que a produção, e o Brasil e a UE serão os principais atores no mercado. Até 2017, o Brasil terá 60% do mercado mundial. A UE se tornará o maior importador global, comprando mais de 5 milhões de toneladas. A China e os Estados Unidos vão importar muito açúcar, deixando a Rússia (hoje o maior importador) na quarta posição em 2017.

A Tailândia deve superar a Austrália como segundo maior exportador de açúcar, com uma fatia de 12%. Desde 2006, a Índia é o segundo maior produtor.

A UE projeta para o etanol o domínio do Brasil como exportador e dos Estados Unidos como importador. O comércio internacional deve crescer velozmente, pelos cálculos de Bruxelas. As exportações brasileiras podem alcançar 13 bilhões de litros dentro de dez anos, pelo cenário europeu.

O setor de carnes como um todo manterá sua expansão, graças a aumento da população mundial e maior renda nos países em desenvolvimento. O comércio deve aumentar 2,5% ao ano. O Brasil ganhará mais da metade do crescimento, com 30% das exportações globais de carnes em 2017. Os Estados Unidos também ganharão fatias de mercado. A Rússia permanecerá como o maior importador líquido, seguido pelo Japão.

A China representará mais de 40% do crescimento da demanda, mas isso terá menos impacto no comércio mundial porque o consumo pode ser atendido em grande parte pela produção doméstica.

O Brasil continuará dominando o comércio de carne bovina, com 47% das exportações mundiais. Também poderá mais que dobrar suas exportações de carne de porco. E será o único país onde a produção de frango é prevista para aumentar significativamente mais rápido do que o consumo, consolidando sua posição de maior exportador, a frente dos EUA.

Entre os principais cereais, o trigo terá produção maior na Austrália, UE e EUA. Em relação ao arroz, a Tailândia pode consolidar sua posição como maior exportador mundial, seguido pelo Vietnã.

Quanto ao milho, os Estados Unidos devem "recapturar" mercados e elevar sua fatia de mercado de 63% para 72%. A Argentina será o segundo, com 20%. Já o Brasil terá sua fatia menor, porque o consumo doméstico de milho será maior que a produção. A demanda da China continuará alta.

A expectativa é de que os preços serão mais voláteis no futuro. Para o médio prazo, as projeções são de alta, depois da queda de cotações registradas neste ano.


Charges


Nomes do novo Governo Municipal

Na segunda-feira (10), Paes havia anunciado o nome do ex-ministro do Trabalho Paulo Jobim para ocupar a Secretaria de Administração.


Nomes do novo governo

Até agora, Paes já anunciou os nomes dos seguintes secretários: de Pedro Paulo (Casa Civil), Jandira Feghali (Cultura), Claudia Costin (Educação), Jorge Bittar (Habitação), Desenvolvimento Econômico (Marcelo Costa), Rodrigo Bethlem (Ordem Pública), Cláudia Costin (Educação), Alexandre Sansão Fontes (Transportes), Fernando William (Assistência Social), Ruy Cezar (Copa do Mundo e Jogos de 2016), Hans Dohmann (Saúde), Sérgio Dias (Urbanismo) e o vice-prefeito eleito Carlos Alberto Muniz (Meio Ambiente).


O prefeito eleito já escolheu também o procurador-geral do município (Fernando Dionísio) e o comandante da Guarda Municipal, que vai ser o tenente-coronel Ricardo Pacheco.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lula defende revisão do Consenso de Washington


“Penso que essa crise é uma oportunidade extraordinária para fazermos uma reflexão sobre tudo que fizemos de errado a partir do Consenso de Washington. E criarmos um outro consenso em que o ser humano, o trabalhador a produção agrícola, industrial, cultural científica e tecnológica sejam a razão de ser da economia e não a especulação financeira”, disse Lula depois de conversa reservada de 40 minutos com o presidente italiano.

Lula chamou o ex-integrante do partido comunista da Itália de “caro companheiro” e enfatizou que os governos devem “ouvir menos analistas de mercado” e prestar mais atenção nos problemas sociais.

“Meu caro companheiro Giorgio Napolitano, na Assembléia Geral das Nações Unidas eu disse que para resolver a crise era chegado o momento da política. Eu penso que nesse momento os governantes precisam entender que nós precisamos ouvir menos analistas de mercado e mais analistas dos problemas sociais, analistas de desenvolvimento e analistas que conheçam as pessoas humanas”, disse Lula.

Formulado em novembro de 1989 por economistas de instituições financeiras baseadas em Washington, o referido Consenso era constituído por regras que serviram de base para a política oficial do Fundo Monetário Internacional na década de 1990, e eram impostas aos países pobres em dificuldades como condições para receberem recursos.

Entre essas regras algumas foram adotadas na década de 1990 no Brasil, como a abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros, privatizações, redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos e desregulamentação do mercado de trabalho.


Conselho de Segurança


A visita de Lula à Itália também tem como objetivo a busca por apoio para que o Brasil passe a integrar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Lula apontou o cenário de crise mundial como motivo para que os países ricos “não tomem mais sozinhos as decisões” sobre a economia

“Precisamos reformar as instâncias decisórias internacionais e atribuir mais voz, vez e voto aos países em desenvolvimento, sob pena de não dispormos de mecanismos adequados para combater a crise”, disse.

Esse é o tema que Lula pretende abordar no encontro com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, previsto para esta terça-feira. A visita é estratégica porque no início de 2009 a Itália assumirá a presidência do G8. Ao ser recebido por Napolitano no Palácio Quirinale, residência oficial de presidente, Lula adiantou o pedido.


“Quando encontrei com o primeiro-ministro Berlusconi, em julho, no Japão, conversamos sobre uma maior participação do Brasil e dos países em desenvolvimento nos debates da cúpula da Ilha Madalena. Amanhã, vamos retomar esse tema. Não faz sentido que os grandes temas que afetam a humanidade sejam debatidos apenas pelos países ricos”, disse Lula.


Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Com Obama, Lula espera mais atenção à América Latina e fim do bloqueio à Cuba


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a eleição e Barack Obama como um “feito extraordinário” e disse esperar que o futuro presidente norte-americano sele a paz no Oriente Médio, acabe com o bloqueio econômico a Cuba e dê mais atenção à América Latina e a todos os países pobres.



O democrata se tornou o primeiro presidente negro eleito dos Estados Unidos na madrugada desta quarta-feira (5).Ele precisava de 270 votos no colégio eleitoral para ganhar as eleições presidenciais, uma marca que superou por ampla margem, ao obter ao menos 342 votos, frente a 143 de seu adversário, o republicano John McCain.

Lula lembrou que "ganhar uma eleição" é diferente "de governador os EUA". "Eu acho que a vitória de Obama representa o reconhecimento do significado de quem duvidava que um negro poderia ser eleito nos EUA. E agora sabe que pode."

O presidente brasileiro afirmou que a eleição de Obama só foi possível porque a sociedade se manifestou num regime democrático. "É um feito extraordinário, a eleição de um primeiro negro na história dos EUA. Sobretudo uma pessoa que tem demonstrado a competência política do futuro presidente Obama."

Lula não escondeu que guarda uma série de expectativas positivas em torno da gestão de Obama. "Espero que ele tenha uma relação mais forte com a América Latina, América do Sul e África, e tenha a possibilidade [de selar] um acordo de paz no Oriente Médio, onde faz décadas e décadas que se tenta um acordo e não se consegue", disse.

O presidente brasileiro afirmou também estar confiante que será construída uma "parceria construtiva" com os Estados Unidos nos próximos anos. "Espero que tenha uma política mais voltada para o desenvolvimento produtivo para a América Latina. É preciso que os Estados Unidos continuem uma política mais ativa em relação à América Latina, uma vez que durante toda a década de 60 e 70 você tinha a Guerra Fria, quando os Estados Unidos mantinham uma visão de luta contra guerrilhas na região. Agora mudou, a democracia consolidou-se com a América Latina."

Lula espera que Obama execute uma política com vistas ao "desenvolvimento e investimento nos países mais pobres, ao fim dos subsídios e ao fim do bloqueio a Cuba". Segundo ele, não há razões para manter a política econômica restritiva a Cuba. "Não há nenhuma explicação para isso."

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esgoto será fonte para produção de biodiesel


A Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (CEDAE) pretende começar a produção de biodiesel a partir de esgoto, em 2009. A fase piloto do projeto deve ter cerca de US$ 3 milhões para a produção de até 20 mil litros do combustível por mês. O presidente da Cedae, Wagner Victer, informou que, no futuro, para produção em escala comercial será necessário atrair parcerias.


Victer disse ainda que este tipo de biodiesel não compete com a produção de alimentos. Uma das principais críticas ao projeto de biodiesel tem sido a produção a partir de oleagionosas. Ele explicou também que uma vantagem competitiva do biodiesel produzido a partir do esgoto é a proximidade com o mercado consumidor


A usina-piloto será instalada na unidade de tratamento de esgoto Fazenda Alegria, no Caju, Zona Portuária do Rio, e a tecnologia empregada será importada da Alemanha.


A Cedae analisa também a possibilidade de produção de adubo orgânico a partir dos resíduos de tratamento de esgotos no Rio, atualmente despejados em aterros sanitários. A empresa deve enviar especialistas à França, país que detém esse tipo de tecnologia, para analisar as possibilidades de empregar a técnica.


O potencial brasileiro para produção de biodiesel a partir do esgoto chegaria a 1,5 milhão de litros por ano, se 100% do esgoto do país fosse tratado, segundo Victer. No Brasil, a maior parte da produção de biodiesel usa como matéria prima óleo de soja, com algumas outras oleaginosas, como a mamona.



www.sidneyrezende.com

Quem será o próximo???



Depois do jornalista Rodrigo Viana e mais recentemente de Sidney Rezende ser demitido da Rádio CBN, quem será o próximo jornalista que será demitido por não atender as expectativas da mídia golpista e tendenciosa?


O jornalista Sidney Rezende foi demitido da rádio CBN, que pertence às Organizações (?) Globo.
Não conheço Sidney Rezende pessoalmente. Mas, ele era tido por colegas e ouvintes como um jornalista que exercia sua independência, apesar de a CBN também estar sob os tentáculos de Ratzinger - o agente das sombras do jornalismo global, o homem que articula a candidatura Serra.

Os leitores e ouvintes mais atentos percebem, na demissão de Siney, preparativos para a cobertura (?) das eleições 2010. A moto-serra dos tucanos vai passar sobre várias cabeças no jornalismo global.

Na CBN, conheço um outro âncora (não darei nome porque ele me pediu sigilo) que teve a cabeça pedida pelo governador paulista. Serra não gostou de entrevista feita pelo âncora com um economista, questionando a forma como a Prefeitura de São Paulo (que tinha estado sob comando serrista) investia suas sobras de caixa. Esse outr âncra conseguiu preservar a cabeça sobre o pescoço. E segue fazendo bom jornalismo. Até quando?

A operação desencadeada agora (aliás, a demissão de Luiz Carlos Braga, veterano jornalista da Globo em Brasília teria algo a ver com isso?), lembra muito a "operação 2006".

Há dois anos, às vésperas da eleição presidencial, a Globo livrou-se do comentarista Franklin Martins (ele conta os bastidores completos, numa bela entrevista à revista "Caros Amigos" - procure o texto no site da revista) porque este não fechava com a linha oficial da emissora de "sentar a pancada" em Lula, e dar aquela "mãozinha" pros tucanos. Depois, foram limados também jornalistas que se indispuseram com a emissora, durante a cobertura da eleição (entre eles, inclui-se o responsável por este quase-blog, além de Luiz Carlos Azenha, Carlos Dornelles e o editor de política Marco Aurélio Mello).

Sobre a saída de Sidney Rezende, veja o que diz o leitor Stanley Burburinho, em comentário postado no blog do próprio Sidney:

"As Organizações Globo estão demitindo todos os jornalistas moderados, isentos. Será um tiro no pé se a Lucia Hippolito assumir o lugar do Sidney. Primeiro porque ela é de São Paulo, agora mora no Rio e sempre morou na zona sul e não conhece o subúrbio, zona norte, oeste, etc. ao contrário do Sidney que morou em Bangú. Segundo porque todos sabem que as opiniões dela não são isentas, sempre com viés partidário tucano. Sempre pequei pesado com o Sidney, mas com respeito por saber da imparcialidade dele e ele sempre me respondeu educadamente. No dia do debate entre o Gabeira e o Paes, percebi que havia alguma coisa estranha no ar. A D. Hippolito ficava o tempo todo de cabeça baixa, não encarava o Sidney e não gostou nada do Gabeira desconhecer por completo a Multi-Rio. Com as demissões do Sidney e da Roxane Ré, outra moderada, está parecendo que a Mariza Tavares, apesar de ser acionista da CBN, trabalha para a concorrência. Graças a Deus que as Organizações Globo estão em franca derrocada depois que resolveu escancarar de que lado estão no espectro ideológico. Sidney, não esquente. Afinal, você é/foi professor da PUC-Rio e os seus três patrões, sempre tiveram condições para estudar, mas nenhum deles têm curso superior. Nunca fizeram nada na vida. Sou chato, mas justo."
Stanley Burburinho

Charge

Lula: Manter obras do PAC mesmo com crise financeira é uma “questão de honra”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse satisfeito com o desempenho do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que teve divulgado o quinto balanço na semana passada. Em seu programa semanal Café com o Presidente, nesta segunda-feira(3), ele considerou “uma questão de honra” manter as obras em andamento mesmo com a crise financeira internacional.

“É motivo de muita alegria saber que conseguimos fazer com que o PAC se transformasse em uma coisa importante para o desenvolvimento brasileiro e, mais importante ainda, saber que o governo mantém o controle das ações. A política de acompanhamento coordenada pela ministra Dilma Rousseff [da Casa Civil], junto com os governos estaduais, com as prefeituras e com os ministros de cada área tem demonstrado que essa é a forma mais correta de fazer com que as políticas públicas do governo brasileiro possam ser executadas”, disse o presidente.

De acordo com Lula, 2009 deve ser um ano “infinitamente melhor” diante do número de obras do PAC a serem inauguradas. Ele reforçou que, em 2010, grande parte das obras anunciadas pelo governo estarão concluídas.

“Obviamente que muita gente entendia que, por conta da crise financeira internacional, o PAC iria ter uma diminuição nos investimentos, no comprometimento das verbas do governo federal. Isso não vai acontecer. Acreditamos que uma das formas de enfrentar a crise financeira é fortalecer as obras de infra-estrutura e fortalecer o mercado interno”.

Agência Brasil

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A elite quer "corte de gastos"

Os empresários seguem a risca o ditado de ''quem não chora não mama''. Diante da grave crise da economia capitalista, eles querem jogar seu ônus sobre as costas da sociedade, em especial dos trabalhadores. Durante o ciclo de bonança, abocanharam os lucros sozinhos. Agora, em tempos ruins, querem dividir os prejuízos ou, se puderem, aumentarem ainda mais seus lucros.

A caradura dos capitalistas, maiores responsáveis pela atual crise - com seus dogmas neoliberais do ''estado mínimo'' e da total desregulamentaçã

o financeira - é impressionante. Eles afundaram a economia e querem que os trabalhadores paguem o pato.

Nas últimas semanas, a mídia hegemônica alardeia a proposta do ''corte dos gastos públicos''. Os empresários são beneficiados com novas linhas de crédito e redução do compulsório que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central, medidas que já injetaram bilhões nas empresas. Mas a burguesia exige mais: quer arrochar os servidores públicos, abortar a valorização do salário do mínimo, penalizar a Previdência e reduzir os ''gastos sociais'' do governo. Segundo Jorge Gerdau, o barão da siderurgia, este gastos ''são inúteis'', que deviam ser cortados para ''garantir mais crédito aos investimentos e às empresas''.

A proposta do ''corte dos gastos'' evidencia a ganância destrutiva dos capitalistas. Os adoradores do ''deus-mercado'', partidários da ''mão invisível (e cruel) do mercado'', não enxergam que a redução dos investimentos públicos - seja na Previdência, no salário mínimo ou no programa Bolsa Família - restringirá ainda mais o consumo da sociedade, com impacto negativo na produção e, de quebra, no emprego e renda. Um círculo vicioso, satânico, que dificultaria ainda mais a saída da atual crise econômica. Serviria apenas aos especuladores, os culpados pela crise.

A cegueira dos empresários, difundida pela mídia burguesa, é tamanha que eles não ouvem sequer os conselhos de renomados economistas e nem observam os movimentos inversos realizados até por outras nações capitalistas. Até nos EUA, pátria da desregulamentação, o governo apresentou pacote estimulando o consumo da sociedade e elevando os gastos públicos. Para o jornalista Paul Krugman, ganhador do Premio Nobel de Economia, ''no momento, aumentar os gastos públicos é a decisão acertada a ser tomada pelo governo dos EUA. Do contrário, a recessão será mais cruel e longa''.

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